Acreditar em Deus, exercendo algum tipo de fé, é algo comum para a grande maioria da população. Mas, saber entender os fundamentos racionais, históricos e até científicos da própria fé ao ponto de discernir se está ou não no caminho certo, não é algo que todos fazem. Felizmente, após ler a Bíblia Sagrada, uma muçulmana entendeu a importância disso.
Aisha, assim como muitos, já nasceu em uma família religiosa. Seus pais eram muçulmanos conservadores, mas ela não seguia o islamismo de forma criteriosa, conforme ensina a doutrina. Por causa disso, ainda jovem ela passou a ser muito criticada e agredida pelo próprio pai.
Os episódios de agressão ocorriam também porque Aisha simplesmente questionava a doutrina islâmica, inclusive o próprio Maomé, considerado um profeta pelos muçulmanos. “Ele me chamava de nomes que nenhum pai deveria chamar uma filha”, disse ela, lembrando que o pai, apesar de conservador, sofria com o alcoolismo.
O testemunho da agora ex-muçulmana foi contado no canal StrongTower27, no YouTube. “Senti que nunca conseguiria acompanhar ou corresponder ao que era esperado de mim. E minha família não gostou muito dos meus questionamentos”, lembra a jovem.
Com medo da violência do esposo, a mãe de Aisha pediu para se mudar com os filhos para os Estados Unidos, alegando melhores estudos e oportunidades de trabalho, o que para surpresa da família ele autorizou. O patriarca, no entanto, ficou na Jordânia.
Oração e mudança
Foi nos Estados Unidos que Aisha passou por uma situação que a ver enxergar a verdade do amor de Cristo. Em dada ocasião, após ter ficado grávida com apenas 17 anos, ela recorreu ao Alcorão para encontrar conforto, mas ficou chocada com o que viu.
A jovem leu a Sura 4: 168-169, que diz: “Aqueles que descrêem e cometem erros, Alá nunca os perdoará, nem os guiará por um caminho. Exceto o caminho do Inferno”. Aisha então achou que estava condenada.
“Lembro-me de ter lido isso e de sentir muito medo e desesperança”, disse ela, lembrando que fez uma oração no momento. “Alá, eu não sei quem você é. Eu não sei se você ainda existe. Tenho orado a você há 27 anos e nunca senti sua presença”.
Todavia, enquanto chorava pelo desespero de achar que jamais seria perdoada e que o seu destino seria o inferno ela ouviu uma voz que lhe disse o nome “Jesus”. Foi quando a jovem fez outra oração.
“Jesus, eu não sei quem você é, mas se você é quem eles dizem que você é, por favor, revele-se para mim, porque eu não posso mais viver a vida assim”, disse ela. “Foi a primeira vez que me senti diferente ao orar, clamando por qualquer forma de paz”
Aisha teve a oportunidade de namorar com um rapaz cristão e ter contato com a Bíblia dele. Em certa ocasião ela abriu o livro e leu a passagem de Romanos 5: 8, que diz: “Mas Deus prova seu amor por nós, que, enquanto éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós”.
A leitura mudou completamente a visão de Aisha sobre o islamismo e o cristianismo. A então muçulmana reconheceu: “O amor de Deus por nós não é uma resposta à nossa bondade, mas apesar da nossa falta de bondade. Naquele momento, percebi como é diferente ser muçulmano e ser cristão”.
Hoje Aisha segue a Jesus Cristo e já teve a oportunidade de compartilhar isso com o seu pai, o qual também aceitou o Evangelho. “A única liberdade que encontrei disso foi em Jesus Cristo”, conclui, segundo o God Reports.